Os Mercenários 1, 2, e quantos mais vierem !!!


Se você viveu os anos 80 ou então viu a “Tela Quente” no início dos 90, sabe muito bem o tipo de filme que predominava: Filmes de ação sem roteiro ou sentido, onde um único cara resolvia tudo, os chamados de “Brucutus”. Esses filmes sumiram depois da metade da década de 90, a ação se remodelou e criaram ótimos filmes até, mas sempre deixou saudade dos “Brucutus” (pelo menos pra mim), os heróis da época já não eram tão conhecidos e somente lembrados como “galhofas”. Mas isso mudou com a série MERCENÁRIOS, do meu querido Sylvester Stallone (Sly para os íntimos), que resolveu juntar uma galera de peso, “Brucutus” das antigas (ou com estilo daquela época) e colocou
todos juntos em um filme de ação a moda dos anos 80, com todos os clichês e bordões, e fez dois filmes de arrepiar, incríveis, pelo menos pra quem viveu ou é saudosista daquela época.
O primeiro, quando saiu o cartaz com os nomes, meu queixo caiu: Sylvester Stallone, Jason Statham, Jet Li, Dolph Lundgren, Randy Couture, "Stone Cold" Steve Austin, Terry Crews, Eric Roberts e participações de Mickey Rourke, Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger. Isso era algo impensável, principalmente de como ele (Sly, que é o roteirista e diretor), iria trabalhar com tantos egos em um único filme. E eu posso dizer que ele conseguiu, não com maestria, mas cada ator teve seu momento, nada como um roteiro a moda “oitentona” sem muito pé nem cabeça, vingança como prato principal, pra poder dar ao roteirista liberdade de usar e abusar dos seus personagens. Mas não pensem que cada um ali é sem história, pelo contrário, com o máximo que ele pode, os personagens são apresentados de uma forma que você consegue rapidamente ver como é a personalidade de cada um e os conflitos entre eles e suas vidas (é claro que não se tem um personagem trabalhado por Copolla ou Kubrick, mas é até maior do que o esperado pra esse tipo de filme). Os clichês e as citações dos anos 80 são inúmeros: atirar sem mirar, explosões sem sentido, balas infinitas, o herói não beija a mocinha, entre tantos outros, e o que chama a atenção também são as situações e falas que retratam no filme algo da vida real dos autores, o que eles passaram e o que são/foram, por isso o filme fica muito mais divertido quando você conhece um pouco da vida dos atores. É o marco da volta dos Brucutus, atores que eu adoro, e minha geração também, que estavam esquecidos.
Tão pouco acabou toda excitação pelo primeiro filme, já vieram boatos sobre uma continuação, vários nomes foram comentados, muitos que se sabiam foram chamados para o primeiro, e eis que o cartaz do segundo filme sai, com um trailer de arrepiar e minha cabeça explode, o elenco traria: Sylvester Stallone, Jason Statham, Jet Li, Dolph Lundgren, Randy Couture, Terry Crews, o novato do momento Liam Hemsworth (o Thor), Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger agora entrando pra ação de verdade, Jean-Claude Van Damme como vilão e inacreditavelmente o Senhor Chuck Norris, a lenda, o mito iria voltar ao cinema no meio dessa galera toda. Ai que o negócio ficou sério mesmo, porque o elenco aumentou, os egos aumentaram ainda mais, ficaria difícil conciliar tudo em um filme, a certeza é que seria igual ou pior que o primeiro, mas que não me desanimava, pois veria astros que não via há séculos, e eu digo aqui que o filme calou minha boca, é MELHOR que o primeiro.
Sly deu um jeito no roteiro para que todos novamente aparecessem um pouco, deu as personalidades de cada personagem, aprofundou em algumas, e nos presenteou com um filme de ação não visto há muito tempo. Ação do começo ao fim, todos os clichês ali estavam, o vilão é tão vilão, que seu nome é Vilain, muitas referências aos filmes da época e a vida de cada um, encaixados de forma mais escrachada e melhor do que o primeiro é impagável o momento que o Chuck Norris aparece pela primeira vez, e no fim da conversa joga um Chuck Norris Facts, isso vale cada centavo que você pagou para estar ali vendo, digo mais, vale a pena sair e pagar o ingresso de novo! Se você gosta de filmes de ação de verdade, muito tiro, explosões, pouca história e nada politicamente correto, esse é a sua série de filmes. Sai do cinema elétrico e com tanta adrenalina como não saia desde pequeno.
Fiquei muito feliz com os filmes, mas ainda mais com a volta dos meus grandes ídolos de infância nos filmes de ação (Sly e Schwarza já estão gravando outros filmes e novamente um filme juntos! O sonho de infância de ver os dois maiores atores de ação da sua época juntos esta acontecendo), que eles gravem muito, e mostrem como se faz ação de verdade no cinema.  Boatos de um Mercenários 3 já esta rolando na internet e parece que o Sly está em pré-produção mesmo, e nomes como Steven Seagal e Clint Eastwood (o pai de todos os “Brucutus”) entre outros, estão sendo cotados, isso iria ser um fechamento épico para essa trilogia, só nos resta aguardar e torcer para que a nostalgia dos anos 80, pelo menos no cinema de ação, ainda perdure por muito tempo.

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